Páginas

domingo, 27 de junho de 2010

Ahhh o espírito da COPA

... não dava para não postar...

Achei no blog Diz que não gosta de música clássica? Na verdade eles comentam ai de uma postagem de Alex Ross... um dos jornalistas mais respeitados no "mundo da música" hoje em dia. Atualmente ele é crítico da New Yorker e tem um blog bem interessante... mas que não conhecia até apouco tempo.

O fato é que três membros da Filarmónica de Berlim dedicaram-se a tentar tocar Brahms (um extracto da primeira sinfonia) e Ravel (uma parte do Bolero) na Vuvuzela. É o espírito da copa contagiando todo mundo.





Bom, dexa eles torcerem do jeito que eles acharem melhor, não é mesmo?

Vou ter que concordar com os caras do Diz que não gosta... de fato não dá pra usar vuvuzelas nesse tipo de música... quem sabe num estilo experimental a coisa se encaixe melhor. Deixemos isso para o nosso querido Hermeto Pascoal. =D

Dia de concerto da Orquestra de Santo André

A Orquestra Sinfônica de Santo André vem com tudo nesse fim de semana. Além do belíssimo concerto ainda estão ajudando a acabar com o frio. O ingresso é um agasalho, aqueça seu coração, ajude os outros ao som de Bruckner e Bruch.

Ontem rolou um concerto muito bonito e profundo executado pela músicos da OSSA, na mão do maestro Moreno. O solista convidado é Cláudio Cruz. Ele quem vai acompanhar a nossa sinfônica no Concerto nº 1 para violino e orquestra, em Sol Menor, op. 26, de Max Bruch - uma das obras mais conhecidas desse compositor. Depois da participação do solista, os músicos continuam com a sinfonia nº 2 em Dó Menor de Anton Bruckner.

Cláudio Cruz é um violinista experiente e premiado, e já atuou em uma das mais importantes orquestras brasileiras, como a Orquestra de Câmara da OSESP, da qual foi regente nas temporadas de 2003 e 2004, além de possuir notável discografia no Brasil e no exterior.

Confesso que não conheço muito de Max Bruch, mas essa postagem está sendo uma bela oportunida de para pesquisar mais sobre ele. [ Pesquisando]






O compositor alemão, filho de um inspetor de polícia e uma soprano, desde pequeno demonstrava suas habilidades com a música. Começou a compor logo cedo, e aos 11 anos de idade, algumas de suas composições já eram apresentadas ao público. Aos 16, sua primeira sinfonia e um quarteto para cordas, lhe garantiram uma bolsa de estudos na Fundação Mozart em Frankfurt. Depois disso deu aulas e finvestiu nos recitais, com os quais fez uma longa viagem passando pela  Alemanha, Áustria, França e Bélgica. Morreu em 1920, quando o mundo  todos estava tenso no período entre guerras e os EUA começavam a se consolidar como potência.

"Mas foi durante seus últimos dez anos de vida que Bruch se dedicou inteiramente à composição. Entre outras peças, o compositor escreveu a “Fantasia Escocesa”, suas três Sinfonias, suas óperas, seus corais e cantatas, obras que foram populares em seu tempo. Hoje em dia o "Concerto n.º 1 em Sol menor para Violino e o Orquestra" continua tendo uma aceitação extraordinária.", completa a blogueira Camille Fuleto, do Jovens Músicos.
O concerto tem início às 20h no Teatro Municipal de Santo André, e os ingressos devem ser retirados a partir das 19h (dois por pessoa). Excepcionalmente neste musical, os ingressos serão trocados por agasalho destinado à Campanha do Agasalho, promovida pelo Fundo Social de Solidariedade. 
Informações: (11) 4433-0789.



M. Bruch 
Concerto nº 1 em Sol Menor, para violino e orquestra, op. 26
I-                    Prelude: Allegro moderato
II-                   Adagio
III-                 Finale: Allegro energico
Duração: 24 minutos
Solista: Claudio Cruz

Intervalo (15 minutos)

A. Bruckner
Sinfonia nº 2, em Dó Menor
I-                    Ziemlich schnell
II-                   Adagio: Fierlich, etwas bewegt
III-                 Scherzo: Schnell – Trio
IV-               Finale: Mehr schnell
Duração: 67 minutos

sábado, 26 de junho de 2010

Achados e Perdidos

Uma amiga do coral me passou alguns vídeos que são verdadeiros achados na Internet... de uma olhadinha rs



O Grupo chama-se Filarmonica Dowcipu, e esse vídeo é parte do show "Piada Filarmonica", que já passou por vários países. São vários os vídeos deles no youtube e todos com muita técnica vocal e muito humor. O grupo francês, sem medo de ser feliz, lança diversos clássicos da música pop, e outros estilos, em forma de ópera. Veja também essa versão de The Lion Sleep Tonight.

domingo, 20 de junho de 2010

Game Boys, os clássicos do vídeo game nunca mais serão os mesmos!!!

Já pensou em uma banda que só toca músicas de games?


Sim esses são Os Gameboys

Veja a música do Mário, em uma performance descontraída dos integrantes do grupo.



Na última sexta feira a banda apresentou na Faculdade Santa Marcelina, aqui em São Paulo. É uma das maiores faculdades de música do país e esses Nerds descolados fizeram bonito.

acesse o myspace dos meninos http://www.myspace.com/osgameboys

No MySpace eles explicam a proposta do grupo: "formada em 2007 por alunos de música da FASM (Faculdade Santa Marcelina) de São Paulo, dedicada a tocar clássicos e não-tão-clássicos dos videogames, sempre de uma forma interessante, musical e respeitosa com relação aos jogos."

Eles tocam muito, e são criativos. Já apresentaram em diversos lugares, como a Livraria Cultura no shopping Villa-Lobos e foram indicados para os Novos Nomes Brasileiros, da MTV, como explica o blogueiro Eduardo Jardim no blog Reino do Cogumelo.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Hoje tem Canja!

Hoje a noite é dedicada aos fãs do rock em Santo André. O projeto Canja Mix, que substituiu o antigo canja com canja, traz as bandas "O Livro Ata", "Raiz de três", "Corcel 69" e "El Cuervo". A entrada é franca e o evento começa às 20h. Além de rock algumas bandas tocaram um pouco de jazz também.

A banda Raiz de Três, tem o site e mais todos esses contatos.
Conferi os contatos e notei que o vocalista realmente tem um vozerão, o estilo funk de raiz cai bem. O grupo, formado por Ricardo (Guitarra Base/Vocais) Luiz Fernando (Guitarra Solo) Ivan (Baixo) Denis (Percurção) Danny Scol (Bateria) prepara um repertório composto de grandes nomes da música brasileira, tocando jazz, groove, blues, black, souls, mpb, samba. Conheça o trabalho deles:


E-mail para contato raiz-de-tres@hotmail.com

Corcel 69, é  banda de Diadema voltada para o rock nacional dos anos 80 e 90. O grupo informa a agenda completa de show em sua comunidade no orkut. O grupo, Victor Fernandes (Violão, Guitarra Base, Percussão), Tomas Romão (Baixo), Albert Altenhofen (Guitarra Solo e Vocais), Diego Braga (Bateria), também mantém um canal no youtube e um perfil no myspace e no twitter.

Em show no Instância da Serra eles tocam a musica Fuscão Preto.

 
El Cuervo, é uma das bandas fundadoras do projeto Rock a Um Real, juntamente com a banda Denis Grillo e os Gafanhotos. Conversei com ele, Denis Grilo, e vou publicar a entrevista na próxima postagem. A idéia era fazer tipo um documentário, mas como não permitiram que gravasse no fran´s e estavamos sem estrutura para gravar decidi postergar o doc e fazer um poadcast, estou editando e assim que concluir vou publicar.
 
Mas, voltando à banda em questão, é formada por Judeu (Guitarra, Flauta transversal, gaita e voz), Caio Kiss (Baixo, teclado, gaita e voz) e Daniel (Bateria e percussão) mantém uma comunidade no orkut.
 
 
 
 
Sobre a banda O Livro Ata não achei nada, pelo menos por enquanto.



Como de costume, depois que as bandas derem uma canja, uma canja será servida aos participantes.

Teatro Municipal de Santo André, Praça 4º Centenário. Tel.: 4433-0789. Entrada franca

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nicolas Krassik no Sesc Consolação


Imagine dois cenários: Primeiro o som delicado de um violino, agora o ritmo forte do batuque nordestino. Imaginou? 

Então imagine misturar os dois. Não dá? Então ouça!


Nicolas Krassik e o grupo Cordestinos misturam os dois e fazem uma música envolvente e surpreendente. Hoje eles se encontram novamente, em apresentação gratuita, no Sesc Consolação as 19h.

Krassik, 39, é francês, e teve formação erudita. Em 2001 veio visitar o Brasil, se identificou tanto com a nossa cultura - sobretudo a nordestina - e decidiu ficar por aqui. Segundo o site Nordeste Web, voltou para Paris, vendeu tudo o que tinha - casa, carro, enfim - e veio para as terras tupiniquins apenas com uma mala de roupas, seu violino e um laptop. 

Instalou-se no Rio, e logo se entrosou no meio artístico, participando de disco e turnês de alguns dos mais conhecidos artistas do País: Yamandú Costa, Beth Carvalho, Marisa Monte, Carlos Malta, Hamilton de Holanda, Zé da Velha, Silvério Pontes. 

Veja o vídeo de Nicolas Krassik tocando com Yamandu Costa e Guto Wirtti



confira o myspace do artista: http://www.myspace.com/nkrassik


Serviço

Endereço: R. Dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque (região central)
Retirar ingresso com 1h de antecedencia.
Tel: 3234-3000

sábado, 29 de maio de 2010

Novos ricos chegam ao Tatuapé mudando a dinâmica do bairro - Diretriz

Giovana Torres Pessoa

Região ganha nova infra-estrutura, grandes lojas e supermercados, mas moradores reclamam da descaracterização do bairro.

O Tatuapé, na zona leste, já não é mais aquele bairro tranquilo, com ar de interior, de anos atrás. O novo “boom” imobiliário na região, com empreendimentos de médio e alto padrão em torno do Jardim Anália Franco, o tornou uma das regiões mais valorizados da cidade de São Paulo. De acordo com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI) trata-se de uma “zona de valor A”, o que a coloca no mesmo nível de Moema, Higienópolis e Jardim América.

Isso seria muito bom para os moradores do bairro se o crescimento tivesse ocorrido de forma de ordenada. Moradores se queixam do excesso de obras, trânsito, barulho e a substituição das antigas vendinhas por megastores. “A dinâmica do bairro mudou. Antigamente a gente fazia compra na mercearia da esquina. Hoje elas mal existem e o que resta fazer é ir até o hipermercado que ocupa quase um quarteirão inteiro e ficar mais ou menos 1h na fila do caixa”, reclama Regiane Silvestre, 47, residente do bairro desde que nasceu. Dona Eulália, que prefere não ser identificada nem revelar a idade, queixa-se do transtorno de tantas obras ao mesmo tempo. “Ao redor do meu prédio estão construindo mais sete condomínios. É barulho de obra da hora em que eu acordo até hora em que eu chego em casa. Nem de final de semana da sossego!”, desabafa.

A nova burguesia trouxe com ela obras de infra-estrutura, com as quais os antigos moradores do bairro, acostumados a uma vida pacata, nunca haviam sonhado. O bairro só começou a receber atenção e obras públicas depois que os novos ricos chegaram. O arquiteto e pesquisador Paulo Ricardo Jaquinto, professor de arquitetura do Mackenzie, estuda a fundo os efeitos da urbanização sentidos pelos moradores e, segundo ele, o desenvolvimento acelerado no Tatuapé segue o modelo típico de metrópoles de terceiro mundo, onde um quarto da população vive em condições de primeiro mundo e três quartos em condições de quarto mundo.

“Antes os novos ricos procuravam se mudar para o centro da cidade, e proximidades, que são as áreas nobres mais tradicionais, diz Giaquinto. Porém, na região do Tatuapé é possível observar um movimento oposto a isso. Os novos ricos da região da zona leste preferiram continuar na região a se mudar para a zona oeste e/ou central e, dessa maneira, fazem pressão para melhorias na infra-estrutura”.

“Aquele pedaço [Jardim Anália Franco] não valia nada até construírem o metrô. A hora que construíram o metrô, aqueles terrenos se valorizaram. Ganhou-se muito dinheiro com a implantação de um sistema de transporte rápido no local, o que contribuiu para a verticalização desses terrenos”, comenta o urbanista.

“O bairro quase não tem mais casa, agora é só prédio, prédio, prédio. A minha casa eu não vendo pra construtora nenhuma. Moro aqui há quase 50 anos e tenho minha pracinha para cuidar”, afirma D. Joceline, que mora em uma das poucas casas que ainda restam de um quarteirão que foi posto a baixo para a construção de um condomínio com quatro blocos.

O transito do bairro é caótico, principalmente das 17h às 19h, quando os moradores começam a voltar para suas casas. Buzinas e ofensas em cada esquina. Um dos principais problemas nas ruas do Tatuapé é a falta de semáforos em cruzamentos muito movimentados e os microônibus que trafegam em ruas muito estreitas, dificultado a passagem de outros carros. “Sinto falta de sair de casa e não ter que ficar preso no trânsito para comprar pão”, diz José Carlos, 55, morador do Tatuapé a mais de 40 anos.

Quando perguntamos o que poderia ser feito para amenizar a situação do trânsito e a falta de estrutura nessa região Giaquinto aponta a necessidade de investimentos em transporte coletivo, em alternativas para o transporte de carga e mudanças no transporte individual. “Quando se fala da estrutura da cidade tem de se pensar que as coisas não são assim por acaso, elas são assim porque a sociedade pressiona para seja dessa forma”, explica.

Para ele não se trata de um simples problema na infraestrutura das cidades, mas na estrutura da própria sociedade. “Tirando Brasilia e Curitiba eu acredito que São Paulo é uma das cidades mais planejadas do Brasil. Porém é uma cidade planejada para poucos”, diz Giaquinto. “São Paulo é planejada milimetricamente para enriquecer mais ainda os ricos e os ricos terem o bem estar garantido”.

Segundo ele, esse tipo de planejamento procura atender, em ordem de importância, o bem estar da população rica, o desenvolvimento do mercado imobiliário e por último a tentativa de tornar a cidade eficiente. “É uma cidade que dá muito lucro para o capitalista que investe pesado, e a infraestrutura acompanha essa burguesia”, salienta Giaquinto.

Essa matéria  que será publicada no Diretriz de Junho.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Jazz Sinfônica hoje e amanhã no Ibirapuera.

Jazz Sinfônica (site) marca presença no auditório do Ibirapuera hoje (28) e amanhã (29), apresentação faz parte dasérie "Jazz+", que traz o músico e compositor cubano Paquito D'Rivera com seu som atraente.

A descrição que o blogueiro Sérgio coloca em seu blog é no mínimo curiosa, mas vale a pena ressaltar aqui: "Esse D'Rivera é um cubano arretado! O álbum em questão, daqueles que pega a gente como fôssemos o beque recuado, desprevenido diante de uma trama envolvente de ataque - num bote!". (Obs.não recomendo muito o link que ele coloca na postagem, mas o texto sobre o trabalho de D'Rivera é interessante)

A divulgação informou que além de tocarem clássicos do Jazz e da MPB, o músico e compositor de jazz cubano nos mostrará uma de suas composições mais ambiciosas e recentes: "Conversas com Cachao", um concerto para sax tenor, contrabaixo e orquestra, escrito em homenagem ao contrabaxista cubano Israel "Cachao" López - amigo e ídolo de Paquito.

Veja um pouquinho do trabalho de paquito:



O D'Rivera traz, como bem colocado no site do auditório, "um jazz latino baseado nas raízes afro-cubanas cuja intensidade sonora extrapola os limites da ilha e encanta os quatro cantos do mundo".

Dias: 28, 29 de Maio de 2010

Horários: Sexta, 21h Sábado, 21h
Duração: 90 min (aproximadamente)
Ingressos: R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada)
Gênero: Jazz
Classificação Indicativa: Livre para todos os públicos

domingo, 23 de maio de 2010

Coro Sinfônico de Piracicaba!!!

Levy, cantor do coro de piracicaba e grande amigo, me pediu para divulgar o seguinte:

Até o ano passado era o coro sinfônico da escola de música de Piracicaba, do renomado maestro e compositor Ernest Mahle, mas a partir deste ano, o coro se desligou da escola de música e passou a se chamar apenas coro de câmara de Piracicaba.

O vídeo, a seguir, é um trechinho do trabalho que eles desenvolvem, onde as solistas Raíssa e Graziele fazem um dueto barroco:


Ernest Mahle foi um compositor e maestro alemão, naturalizado brasileiro. Chegou ao Brasil em 1951, e aqui, desenvolveu um extenso trabalho em favor da juventude e recebeu o título de cidadão piracicabano, pois foi a cidade onde ele se instalou e desenvolveu seu trabalho. Foi co-fundador da Escola de Música de Piracicaba, onde até hoje da aulas e rege a orquestra de Câmara e Sinfônica da região.

Veja uma das obras dele. Concertino para piano e orquestra, de 1974.





Sobre a música coral eu penso que seja uma das "modalidades" musicais mais fascinantes. Fazem um trabalho com vozes de todos os timbres possíveis e imagináveis numa combinação deliciosa aos ouvidos.  

Na cultura ocidental a música coral é formada por basicamente quatro naipes: Baixos, Tenores, Contraltos e Sopranos; incluindo, algumas vezes, também as vozes intermédias como Barítono e Mezzo-soprano. Essa divisão é feita basicamente de acordo com o timbre e a tecitura. 

Existem também coros no Brasil que buscam fugir um pouco dessa sonoridade ao qual estamos acostumados. É o caso do Coro Luther King (que também cheguei a fazer parte por um tempo) que diversas vezes interpreta e explora a sonoridade das músicas africanas e indígenas. O maestro, Martinho Lutero, tem uma vasta experiência em cantos africanos, até porque foi para lá estudar essa sonoridade tão peculiar. É bem interessante o trabalho que ele desenvolve, tanto no Luther King (Em São Paulo) quanto no coro Canto Sospeso (Em Milão).

Hoje, ( 24/05/2010) Vi um texto que saiu sábado no Estadão, mais precisamente no Caderno 2, e queria comentar. O jornal convidou um regente para ir a um show de punk ruck e um integrante do movimento punk para assistir a uma apresentação de uma orquestra. O punk faz o seguinte comentário: "Fiquei surpreso  como os sons fluem de instrumentos tão diferentes, mas que juntos se harmonizam. Eles criam uma atmosfera mágica, vinda suave pelos instrumentos de sopro, de harpas ou selvagens, com tambores trovoando e violinos rasgando o ar". É muito bacana essa descrição.
obs. Timbre é a identidade da voz, o jeito, se é mais clara ou escura, se é mais metálica ou não, etc. Vou procurar uma definição mais clara. Mas seria como uma impressão digital, cada pessoa tem a sua. É o que faz você reconhecer a pessoa só de ouvir sua voz. Ou no caso de um instrumento o que faz você diferenciar um piano de um violão ainda que estejam tocando a mesma nota.
Tecitura é a "quantidade" de notas que a pessoa alcança, de que nota à que nota. Isso pode ser trabalhado com técnicas vocais para aumentar essa abertura.

Acho que é mais ou menos isso. Vou dar uma pesquisada e se eu achar alguma explicação melhor atualizo esta postagem.

sábado, 22 de maio de 2010

Concerto da OSSA hoje no Teatro Municipal

O maestro Carlos Moreno apresenta outro concerto hoje às 20h, no Teatro Municipal de Santo André, praça IV Centenário s/n° - centro. Entrada franca.

O programa inclui obras da série Anchieta: Russlan e Ludmilla de Glinka, Concerto para piano e orquestra n°19 (em fá maior) K 459, de Mozart, e sinfonia n°5 (em Dó maior) op.67, de Bethoven, segundo o material de divulgação. A solista convidada será Márcia Cattaruzzi.

De volta às origens, pois a pianista é andreense, é fará belíssima participação, ja que a peça que irá tocar será nada menos que Concerto Para Piano e Orquestra nº 19, em fá maior, K 459, de Wolfgang Amadeus Mozart. Reconhecida mundialmente e, segundo o site da Art Invest, é ganhadora de importantes concursos como o de solista da OSESP e e da Arizona State University Symphony Orchestra, e ao que me parece, lhe rendeu uma bolsa de estudos para o mestrado nos Estados Unidos.




O Diário do grande ABC revela que será a primeira vez em muito tempo que a pianista sobe ao palco do teatro da cidade. A última vez, segundo o jornal, foi quando era criança, depois de ser vencedora de concursos de música locais.
 

lembre-se de pegar os ingressos com uma hora de antecedência. 

dúvidas? Ligue para o teatro: 4433-0789

Mais sobre a OSSA neste blog:

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Hoje (sexta feira) São Paulo vai parar para ver o show de uma das bandas do cenário grunge de Seatle: Mudhoney! O show será no Clash Club (barra funda) e é uma escapadinha da programação da virada cultural paulista que oferece shows gratuitos pelo interior de São Paulo. A banda vai se apresentar também em Mogi das Cruzes e São José do Rio Preto.

As apresentações prometem seus maiores hits distribuídos pelos seus 10 álbuns de estúdio. O quarteto Mark Arm (voz e guitarra), Steve Turner (guitarra), Guy Maddison (baixo) e Dan Peters (bateria), estão juntos há 20 anos e foi uns dos fundadores do movimento Grunge em Seatle, ao lado de bandas como o Pearl Jam.
Quem terá a honra de abrir o show dos caras é a banda Vespas Mandarinas ( http://www.myspace.com/vespasmandarinas ), que contam com a presença de Chuck Hipolitho, ex-Forgotten Boys e Mauro Motoki é compositor e guitarrista da banda Ludov.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Entrevista completa com Irineu Franco Perpétuo, feita no último final de semana, após concerto da Camerata Ensemble no CCSP


Depois do belíssimo concerto da Camerata Ensemble, criei coragem e fui tentar uma conversa com o Jornalista Irineu Franco Perpétuo. A maior parte do público já havia ido embora, os músicos começavam a organizar suas coisas. Eu, então, comecei a me dirigir para o palco – extremamente nervosa, pois não sabia como os músicos iriam reagir, se o Perpetuo aceitaria dar a entrevista e se era permitido subir ali, sem ter perguntado a ninguém se poderia. Fui, cumprimentei o baixista, um tanto gaga. Dei-lhe os parabéns. Ele perguntou se eu também tocava, e eu respondi: “Contra-baixo eu nunca toquei, mas por um bom tempo toquei violoncelo”, e depois completei, um tanto insegura e um pouco baixinho, “na verdade gostaria de pegar uma entrevista com o pessoal”. Depois de dizer isso, quase desisti. Então pensei, eu já estou aqui, vou até o fim.

Em seguida avistei o Homem, que não estava longe, mas com o nervosismo nem tinha visto direito. Me aproximei e disse: “Oi, tudo bem. Eu sou estudante de jornalismo e queria pegar uma entrevista com o senhor, pode ser?”. Ele prontamente respondeu que sim, pediu que eu não o chamasse de senhor e falou para eu mandar as perguntas. Eu o puxei para a luz, pois ali não conseguia ler minhas perguntas improvisadas sobre os espaços em branco do programa. Apesar de em alguns momentos ter gaguejado e deixado escapar alguns “senhor”, consegui fazer uma bela entrevista.

Tenho que agradecer por ele ter sido tão acessível e receptível à minha entrevista. Uma figura bastante simpática e com muito à ensinar para mim, tanto sobre música quanto sobre jornalismo.

Foram 8 minutos de uma deliciosa entrevista, que realmente valeu a pena ter feito.

Irineu, como o senhor começou sua carreira e veio a se tornar um dos grandes nomes do jornalismo quando o assunto é música clássica?

Eu comecei como jornalista, na época de faculdade ainda, trabalhei numa fm que tocava música pop, a Jovem Pam. E na época, até o Emilio Zurita, do pânico, era locutor. Faz um bom tempo. Mas depois desse emprego eu fiz o trenee da folha de S.Paulo e fui trabalhar na redação do jornal. Acabei trabalhando no Acontece, que era roteiro da ilustrada – não existia o guia da folha. E escrevendo algumas matérias para a ilustrada acabei, completamente por acaso, me especializando em música clássica.

Para você ter uma ideia, o treinee da folha era um programa que era sempre direcionado para alguma área, e eu fiz treinee para jornalista esportivo. Uma área que não tem absolutamente nada a ver com a área que eu fui me especializar. O que mostra que na vida, como no jornalismo, é tudo muito aleatório, a gente não escolhe muita coisa. (ri)

Como está cenário da música erudita, tanto no Brasil quanto no exterior, atualmente?

Para música de concerto eu creio que nos últimos 10 anos, um pouco mais do que isso, a gente está num circulo virtuoso aqui no Brasil. Num circulo de crescimento de investimentos e de ampliação de público. Acredito que o fenômeno “detonador” disso foi tudo que aconteceu na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que existia desde a década de 1970, mas em 1990, se fez a Sala São Paulo. Houve um investimento muito importante nessa orquestra. E ai ganhou visibilidade, atraiu mais público e teve uma série de investimentos análogos, mais ou menos na mesma época.

Em Manaus, o teatro que existe desde o século XIX, mas nessa época o teatro começou a receber investimentos para que tivesse uma atividade regular, foi criado uma orquestra e um festival regular lá. E, desde então, as orquestras brasileiras, mesmo as que já existiam, resolveram tentar criar esquemas profissionais para se parecerem – dentro da sua realidade –semelhantes à OSESP. Então a gente vê, que por muito tempo o nordeste ficou sem orquestra regular, e agora no Sergipe temos uma orquestra bem bacana. Em Minas Gerais, a Filarmônica, que existe há dois anos, teve um salto de qualidade muito grande. A Sinfônica Brasileira do Rio de Janeiro, que tem 70 anos, nesses últimos quatro resolveu reinvestir, voltar a querer ser grande.

Então, para a música de concerto especificamente, que é uma atividade de público minoritário, esse público parece que está crescendo e estão aumentando os investimentos nessa área. Então é possível ser otimista com isso no Brasil, hoje.

Podemos dizer que está em plena expansão no momento?

Está em expansão, claro que ainda é pequenininho, mas o que antes era minúsculo agora não está tão minúsculo. Está crescendo sim, mas dentro de suas possibilidades. Não vai passar nunca passar por cima da Cláudia Leite, etc. Dentro do que ele pode ser ainda dá para crescer ainda mais.

De que maneira as novas tecnologias estão refletindo no cenário musical hoje?

Nada mais benéfico que as novas tecnologias para a arte e cultura em geral. Estamos numa época em que estamos próximos ao limiar de ver todo o acervo cultural e simbólico da humanidade digitalizado, portanto disponível digitalmente na Internet. Isso é maravilhoso para todo mundo, especialmente para o criador. E na música, diminuiu o custo de gravação, o custo e a dificuldade de distribuição e a divulgação do trabalho. Então hoje está em crise, está em cheque, e nunca mais será o mesmo, aquele modelo Madior My BroadCast (que quer dizer que cinco diretores de gravadoras se reúnem, pagam jabá para dez diretores de programas de rádio e de TV e decidem que só aquilo é que vai tocar e ser conhecido). Este “esquemão” ainda existe, mas ele está em erosão – Felizmente – devido ao avanço das tecnologias que permitem a troca e compartilhamento cada vez mais rápido de arquivos. Nos temos que festejar e saludar o fim da industria da intermediação; o fracasso da industria fonográfica; e o afloramento do novo jeito de se comunicar entre os músicos e dos músicos com seu público.

Quais os novos desafios que essas mudanças tecnológicas, novas comunicações e mudanças nos modelos de negócios trazem a tona?

O principal desafio é a gente impedir e bloquear a industria que quer criar barreiras artificiais de mediação entre você e o artista, quando essa barreira, tecnologicamente, não existe mais. Eles querem ser os bilheteiros desse “museu imaginário” que está feito na Internet e querem cobrar muito caro por esse bilhete. Isso é inaceitável. O desafio e a gente evitar esse controle artificial que quer ser imposto. E no Brasil, tem um exemplo recente que é o projeto de lei do senador Eduardo Azeredo, que nós chamamos de “Hi5 digital”, esse projeto é absolutamente inaceitável, e deseja coibir as práticas de trocas de arquivo e bloquear aquilo que a Internet tem de melhor. Então é realmente um desafio impedir que a velha industria, que felizmente está morrendo, queira renascer por meio de uma legislação que completamente arcaica, nociva e autoritária.

Quais os maiores nomes dos compositores, ou interpretes, contemporâneos?

Olha, na música contemporânea, a coisa entre compositor e interprete tem uma diferença bastante grande. Inclusive, o circuito de musica contemporânea é, para a música erudita, mais ou menos o que as bandas de garagem são para o pop. É um circuito quase a parte, é muito difícil você transbordar os compositores contemporâneos e coloca-los na vida regular musical. Normalmente um circuito é contemporâneo e o outro é um circuito Manstrin em que toca Bach, Beethoven, Brahms, Mozart.

Na criação contemporânea a gente tem grandes nomes tanto no Brasil quanto fora. Eu considero grandes compositores o Almeida Prado, também o Marlos Nobre. E ai você tem compositores um pouco mais jovens como Hery Crow, André Memário. Tem muita gente produzindo musicas bastante interessantes e, ao mesmo tempo, muito diferentes de um para o outro. Não tem uma corrente estética hegemônica. Isso é um reflexo também do que acontece la fora, e me parece ser um traço irreversível da pós modernidade. Não vai existir uma corrente estética determinando, sempre o criador vai tentar buscar essa linguagem individual e por meio dela ser reconhecido.

Quais outros músicos poderia citar? Alguma dica para o leitor que quer conhecer mais sobre música?

A dica, hoje com a Internet, sempre é que, bom hoje não temos desculpa para ser ignorante. Isso vale para todo mundo, para o jornalista vale mais. Em termos de música, você dá um clique no YouTube, MySpace, no site do “cara”, da um clique no google, enfim um nome que você vê que você não conhecia você procura e vê como é o cara, como é a música, etc e tal. Essa é a principal dica, usar o meio digital a nosso favor.

E quando às suas expectativas para os próximos anos?

Espero que as tendências positivas se aprofundem e, especialmente a gente consiga derrotar os “Eduardos Azeredos” e os “hi5 digitais”, e continue desfrutando de todos os benefícios que a tecnologia oferece para as artes e para o conhecimento.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Homenagem aos 22 anos da Sinfônica Andreense

Amanhã, às 19h - como informa o Clique ABC - a orquestra receberá homenagem em sessão solene da Câmara Municipal Andreense, pelo seu aniversário de 22 anos. O evento será aberto e com entrada franca, no Teatro Municipal de SA.



(Divulgação) Orquestra Sinfônica e Coro de Santo André, ao fiundo, em ensaio aberto.

O programa executado durante a solenidade serão os hinos do Brasil e de Santo André, a Abertura de Os Mestres Cantores, de Richard Wagner; Sinfonia n° 5 (1° e 4° movimentos), de Ludwig van Beethoven; Russlan e Ludmilla, de Mikhail Ivanovich Glinka, e Abertura Vittòria, de Carlos Moreno.

Essa solenidade, além de muito bonita, marca uma grande conquista da orquestra, e dos músicos. A anos a orquestra vinha brigando para que as bolsas recebidas pelos músicos não só aumentassem mas que também fossem unificadas, pois, enquanto alguns recebiam a bolsa comum (R$ 531,18), outros recebiam a bolsa superior (R$ 1.173.17), sendo que ambos os tipos de bolsas exigiam dedicar a mesma carga horária. O valor agora foi unificado, e passou a ser de R$ 1325,27 para cada músico. Tudo isso, claro, trará também benefícios para a população, pois motiva os músicos e permite melhores condições de trabalho, podendo assim apresentar ainda com mais qualidade.

O site ainda informa que o orçamento geral da Diretoria de Orquestra da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, também teve importante incremento. A verba saltou de R$ 822 mil para R$ 1,5 milhão e será destinada para remuneração dos músicos, solistas convidados, aquisição de instrumentos, etc.

As melhorias são muitas, lembrando que também já foram adquiridos os novos rebatedores e estão, pelos comentários que tenho escutado, planejando recuperar o espaço do antigo Cine Carlos Gomes e transforma-lo em uma bela sala de concertos.

Obs. É perceptível o apoio que o governo está dando para a orquestra, mas espero que esse avanço chegue logo a outros projetos bem próximos à OSSA, como o Coro da Cidade de Santo André. No coro os cantores são voluntários, até porque se trata de um grupo amador com cara, tamanho e responsabilidade de profissional, mas os monitores, até onde eu sei, estão sem receber à mais de 6 meses. Não dá para continuar assim.

De acordo com o que o estudante de música Ícaro de Carvalho Marques me explicou hoje (20/05/2010) , isso está acontecendo porque - como o coro nasceu da iniciativa do maestro Roberto Ondei  há apenas 2 anos - a equipe ainda não conseguiu consolidar o projeto, tornando-o lei. Para isso seria preciso que um vereador apoiasse a ideia e criasse a lei. Enquanto não é aprovado o pagamento dos monitores só é feito quando há "sobra" na verba destinada a todos os outros projetos já aprovados, por isso podem ficar tanto tempo sem receber seus salários.

Eu até entendo o porque da dificuldade de pagamento, mas porque nenhum vereador criou a Lei ainda? Até porque o projeto já mostra belíssimos resultados e atende à muitas pessoas. Só de cantores somos quase 90. A população, não só andreense, mas também de todo o grande ABC e proximidades, só tem a ganhar com o projeto. Quanto tempo mais vai demorar?

Seria preciso que a população se mobilizasse por essa causa e contribuísse, de alguma forma.

(23/05/2010)
Só para exclarecer: Algumas pessoas disseram que parece uma postagem muito partidária,. Não, eu não estou tentando criar uma revolução e formar um grupo separatista para criar um estado independente com terroristas e tudo. Não tenho a intenção de ser partidária, nem estou "do lado" do governo atual ou do antigo, nem fazendo críticas aos partidos,  só quero divulgar o que está acontecendo e questionar o porque da demora.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

DOIS - há algum tempo


Crítica Teatral que postei no meu antigo blog há algum tempo, logo no começo da faculdade. Mas apesar da inexperiência, acredito que ficou bem bacana. Na época eu estava no final do primeiro semestre da faculdade, hiper empolgada. Ainda tenho muito dessa empolgação, ainda bem, mas fica um pouco o receio de não ter a maturidade e a vivência que tanto dizem ser necessária para se fazer uma boa crítica. E, desde que notei o tamanho de minha responsabilidade como jornalista e formadora de opinião, bate aquele friozinho na barriga e a vontade de me preparar melhor antes de escrever sobre algo.


Vale a pena ressuscitar este post.


Espetáculo: DOIS

Por: Giovana Torres Pessoa

O espetáculo Dois questiona de forma bastante instigante a dualidade dos seres humanos. Questiona o modo como a vida tem ganhado um ritmo frenético e descontrolado. Isso nos leva, muitas vezes, à alienação, à falta de conhecimento de si mesmo, e da sociedade em que vivemos.

Em ritmo acelerado a personagem descreve sua rotina no trabalho dizendo repetidas vezes: pego papel; carimbo papel; assino papel; entrego papel. Uma descrição tão simplista revela como a fragmentação do trabalho e a repetição apenas mecânica deste fazem com que a própria personagem não se reconheça no que está fazendo, e dessa forma não vê valor em si mesma.

Desvalorizado profissionalmente, tanto quando se refere ao reconhecimento social quanto financeiro, a personagem mostra sentir-se impotente pois, mesmo trabalhando incessantemente, não ganha o suficiente para garantir conforto à família e manter as contas em dia. Além de passar pouco tempo com os entes queridos e ter seu único momento de lazer ao assistir a novela – que termina sempre com um final feliz. Como todo ser humano, está em busca da felicidade. Vendo sua vida ser marcada pela desvalorização, pelo vazio, pela ausência, a personagem termina solitária. Mergulhado em suas lembranças conclui, no fim, não ter nascido para ser feliz.

Todos buscamos a felicidade, mas para alcançá-la não basta apenas o sucesso pessoal, mas também o das pessoas que nos cercam. Pois a felicidade só existe quando todos somos livres – quando podemos agir a partir de nossas próprias escolhas, de forma consciente e responsável – e chegamos à concórdia. Não há, então, felicidade quando uma pessoa se aproveita da outra, ou uma classe explora a outra. Acredito que hoje todos nós somos, de certa forma, infelizes. Quando no conforto do nosso carro, com ar condicionado ligado, é só olhar para o lado para ver uma criatura em uma sobrevida. Pessoas jogadas na rua, sem os cuidados mais básicos como higiene e alimentação. Se não formos conformistas ou insensíveis, somos infelizes quando temos uma sensação de impotência por não poder resolver a situação como um todo. O espetáculo nos leva à essa reflexão profunda sobre as coisas mais básicas da vida, e que não é garantida à todos. Nas grandes cidades muitas vezes as realidades diferentes são extremamente próximas uma das outras.

Fica subentendido a pergunta: Hoje, com todos os avanços científicos e tecnológicos, será que somos civilizados?

Será que “a luta de todos contra todos”, sobre a qual Hobbes dizia ser a condição em que o homem vivia no Estado de Natureza, terminou ou continua hoje na “selva de pedra”? Estamos vivendo o que Lipowetski chamou de “A era do vazio”, na qual o mundo é marcado pelo individualismo, egoísmo, egocentrismo, apatia política e a preocupação apenas com o prazer imediato. É uma discussão antiga, mas válida até os dias de hoje.

domingo, 16 de maio de 2010

2010, ano das efemérides musicais, segundo Irieu Franco Perpétuo.

2010, além do centenário de Adoniran Barbosa, e duplo bicentenário de Chopin e Schumann também é o ano em que se completam 150 anos de nascimento do compositor austríaco, Gustav Mahler, nascido em 7 de Julho de 1860.

Pedimos ao crítico Irineu Franco Perpétuo, jornalista especializado em música, em entrevista para o Musica Para Viagem que comentasse sobre as comemorações de 2010.

Irineu P. - 2010 é um ano que tem três efemérides musicais bastante importantes. Que são o bicentenário de nascimento de Chopin e Schumann e os 150 anos de nascimento de Mahler. A efeméride do Mahler é muito curiosa porque ela se estende no ano que vem, já que 2011 vai ser o centenário de falecimento desse compositor. Então vão ficar dois anos celebrando Mahler no mundo todo. Na verdade o que está acontecendo é que, mesmo aqui em São Paulo, a OSESP e outras orquestras de todo o planeta, normalmente já tocam bastante Mahler. Ainda notar a representação desse compositor. Como Mahler atuava como regente e compunha nas férias, a sua obra é relativamente curta. Então é possível fazer uma integral das composições de Mahler nesses dois anos. Ele é um compositor cuja popularidade é essencialmente póstuma e é um fenômeno do sec. XX, de 1960 para cá. Então essa efeméride Mahleriana é celebrada, e talvez estejamos no auge da aceitação desse compositor.

Ouça o primeiro movimento da sinfonia n.2.


Irineu P. - Agora, Schumann e Chopin, que inclusive são efemérides mais antigas, já estão conosco a mais tempo. Chopin é "O" compositor pianista por excelência. De todos os compositores pianistas talvez ele seja o melhor sucedido, ai eu falo compositor pianista como um cara que só escreveu para piano, porque tiveram outros compositores pianistas que compuseram não só para o seu instrumento mas também para outras coisas. Toda a poética de Chopin se expressa através do teclado, e ele foi o compositor que melhor representa esse momento de consolidação do piano, e da morte definitiva do cravo. Então, os pianistas que sempre tocam Chopin estão tocando ainda mais neste ano.

veja a postagem especial sobre Schumann e Chopin ainda no Música para Viagem.  

Irineu P. - Já Schumann seria o romântico por excelência, de heterônimos como Fernando Pessoa. Representa o cruzamento das artes, uma interação importante entre a música e a literatura. Também foi um importante autor de obras pianísticas, mas não só. Ele foi um compositor fundamental no desenvolvimento da canção artística alemã, ou seja o Lied. E também escreveu bastante para orquestra, escreveu oratórias, etc e tal. 

Então, se a eferméride do Mahler é o patrimônio das orquestras - porque foi para a orquestra  que ele escreveu essencialmente - e o Chopin é um privilégio dos pianistas, a efeméride do Schumman eu diria que é um pouco mais democrática, porque ele se exprimiu em uma gama maior de meios. E ele pode ser celebrado na música de câmara, na música para piano, na música vocal e pelas orquestras.

Acesse também P.Q.P. Bach e baixe algumas músicas de Mahler, vejam os comentários  e dicas dos autores. Também procure Chpin e Schumann, vale a pena.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

200 anos - Chopin e Schumann



Os dois músicos, eruditos, são grandes pianistas da época do romantismo. Ambos nascidos em 1810, Chopin em 1° de Março, na Polônia, e Schumman em 8 de julho, Alemanha. Apesar de tantas semelhanças, um foi mais revolucionário, enquanto o outro tornou-se quase pop. No blogue Tudo Cultural, João Paulo Mesquita Simões. destaca informações dadas pelos correios de Portugal, que acabam de lançar selos em homenagem ao duplo bicentenário. "Pioneiros e notáveis expoentes da música romântica, numa época de transição em que ainda imperava o classicismo nas suas várias formas de expressão, a eles se deve o desenvolvimento de algumas composições de características formais inovadoras, bem como a exploração de sentimentos e experiências novos, fruto de uma relação mais apaixonada com a arte, que também encontramos na obra de Delacroix, ou de poetas como Goethe e Heine, cujas palavras inspiraram Schumann."

Posso afirmar, com quase absoluta certeza, que o primeiro contato de toda criança, pelo menos até os anos noventa, com a música classica se deu a partir de famosas trilhas sonoras, que marcaram, e continuam marcando, gerações.

 Vai dizer que essa música não te traz belas lembranças de uma infância feliz?

Chopin trilhou uma brilhante carreira. Quando pequeno, ainda na polônia, era aclamado como uma criança prodígio. Aos 20, deixou a terra natal e partiu para Paris, onde dedicou-se à carreira de músico, interprete e compositor. Não priorizava a tecnica como critério maximo de qualidade, mas sim a profundidade na interpretação da obra, do tema. Por isso, muitas de suas composições são simples, mas que causam um encantamento, sendo sempre muito harmonioso e elegante,. Outra peça muito conhecida é o Noturno, vai dizer que nunca a ouviu em algum filme romântico, ou uma novela?


Schumman, filho de bibliotecários, desde cedo tornou-se um homem muito culto. Quando jovem foi influenciado pelo pensamento de Shakespeare e outros pensadores revolucionários para época. Apesar de ter ido à... estudar direito, acabou notando que sua verdadeira paixão era a música. Começou a se aplicar mais nessa área e, por não concordar com o estilo da época, fundou a Neue Zeitschrift für Musik (Nova Revista para a Música), que teve uma vasta e importante produção artística.



Vale a pena conferir também a entrevista com Irineu Franco Perpétuo, em que ele fala de Chopin e Schumman, e relaciona também com Mahler.

Preparem o bolso!

Confirmado! A banda Cachorro Grande - (www.myspace.com/cachorrogrande ) irá abrir o show do Aerosmith em São Paulo. Já na capital gaúcha será a Banda de metal progressivo,Santo Graau (www.myspace.com/santograal ) que sobe aos palcos antes da banda principal. Os shows acontecerão no próximo dia 27 em Porto Alegre e dia 29 de maio em São Paulo.

E para você que ainda não comprou o ingresso por que acha que Steven Tyler saiu mesmo dá banda, vá correndo pegar o seu. O Aerosmith vem ao Brasil com a banda completa: grupo os guitarristas Joe Perry e Brad Whitford, o baixista Tom Hamilton e o baterista Joey Kramer, além de Tyler, é claro.

Gorilaz, com estilo e boa música


Gorilaz lança seu novo álbum, Plastc Beach, é o 3° da carreira. O grupo, super criativo, surgiu em 2001, na Inglaterra, e a "culpa" é do músico Damon Albarn e do cartunista Jamie Hewlett. Eles fazem boa música com um estilo só deles, e ainda com muita interatividade. Acesse o site oficial do grupo e escape da Plastic Beach.



Vini, do blog Submundo Mamão, comenta sobre o lançamento do novo cd. Ele conta "Não curto muito música eletrônica, mas curti a proposta da banda, não só pela música, mas pelo visual que eles resolveram adotar."

Talvez esse seja mesmo o grande charme da banda.

“'Plastic Beach' deixou de lado o pop-rock para ser, na maioria das canções do disco, um álbum de electro e hip-hop, só flertando um pouco com o pop eletrônico em "Rhinestone Eyes", com reggaeton em "Sweepstakes" e com a música árabe, sem dúvida, na melhor canção desse disco, chamada “White Flag”.
A música de abertura, "Orchestral Intro" mais parece aquelas musiquinhas de arcade, do tipo Double Dragon, que eu costumava jogar na adolescência. Rachei de rir quando a ouvi.",  conta Vini.

Chegou a hora da Virada


A virada já está ai, e são muitas as opções para curtir o fim de semana.

Confira o site com a programação .
Resumindo os endereços, e as atividades, estão dispostos assim

1° - Av. Duque de Caxias, próximo à Sala São Paulo 
Palco que receberá artistas e grupos de música nacional e internacional.

2° - Praça da República - será o ponto de encontro para os amantes do samba. A velha guarda marca presença no evento, e nomes como Paulo Vanzolini, Nelson Sargento (antigo parceiro de cartola, Carlos Cachaça e João de aquino) e  Jair Rodrigues. Veja blog da assessoria do evento.

3° - No Anhangabaú som mais eclético e nomes como Hermeto Pascoal e muita gente bacana. Foto ao lado, tirada do site do diário do nordeste. (Acho que é para lá que eu vou)

4° - Estação da Luz - Outra programação de dar agua na boca, com a Jazz Sinfônica, orquestras experimentais e outras tantas renomadas da boa música.

Obs. Na luz também terá o 5° palco, com apresentações de dança, mas como foco do blog é mais voltado para a música não vou me estender muito aqui, mas para quem curte é uma boa opção.

6° - Palco trem das Onze. Parece curioso. Pelo que pude entender acontecerá no trem, no trajeto Brás - Luz, como uma homenagem aos 100 anos de Adoniran.

7° - Esse palco também traz atrações no mínimo curiosas, como o ilustre Sidney Magal e Wanderleia.

8° - A avenida São João contará com o tradicional palco do Rock na virada, com atenção especial à saudosa banda Velhas Virgens que fará um tributo a Adoniran Barbosa. Além da presença de Pitty e CPM 22 e outros Titãs do rock nacional.

Também teremos um palco especial de reagge (Alameda Barão de Limeira), Bandas independentes (Postagem Virada Distante), marchinhas do carnaval de São Luiz de Paraitinga (Lgo da Misericórdia), 24 horas de música no cinema (na cinemateca) e outras atrações.

Para Fechar essa pequena amostra das atividades da virada, quero ressaltar que no Cine Arouche trará uma coletânea dos musicais mais marcantes do cinema. Vai desde o clássico Cantando na Chuva, passando por Magico de Oz, até A Noviça Rebelde.

E no CCSP, também ocorrerão várias atividades, destaque especial para a participação do jornalista Irineu Franco Perpétuo!

Preparados?

São muitas as opções, só não dá para ficar parado.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seis com Casca no Centro Cultural São Paulo


Amanhã o grupo Seis com Casca participa da programação concerto ao meio dia no CCSP, e sexta estarão lá de novo, só que desta vez às 18h.

O grupo, que nasceu em 2007, formado pelos estudantes de música da USP que um dia decidiram se reunir para interpretar composições do argentino Astor Piazzolla, leva um nome um tanto intrigante. Segundo eles vem do conto O ovo e a galinha, de Clarice Lispector. A frase "Ter uma casca é dar-se", da autora, inspirou o nome desta banda que faz apresentações sempre criativas.

O grupo apresenta com maestria um repertório que mescla popular e erudito, com muita  sofisticação.  A apresentação será composta de composições próprias e de músicos como Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Nino Rota e Prokofiev. A interpretação de Soledad, do argentino Astor Piazzolla, encanta pelo belíssimo arranjo, como informa o site Moo. O interessante é notar que para as músicas populares acrescentam a sofisticação e um modo de pensar erudito e para a execução de músicas clássicas criam uma roupagem que à aproxima da música popular.

Imaginem uma interpretação de Prokofiev na guitarra e bateria por exemplo?!?! só com muita casca e criatividade mesmo, não é?

Os integrantes são Bruno Monteiro (piano), Potiguara Menezes (guitarra), Diogo Maia (clarinete), Nikolay Iliev (violino), Mauricio Biazzi (contrabaixo) e Nelson Carneiro (percussão e vibrafone) e apesar de tão jóvens já tem uma experiência considerável e um bom reconhecimento. Em seus trabalhos individuais, participaram de grandes orquestras como a Osesp, Osusp e Orquestra Municipal de São Paulo; de mostras e festivais como a Bienal de Música Contemporânea e o Festival Música Nova; de espetáculos teatrais como Honra (estrelado por Regina Duarte e Marcos Caruso) e de shows de artistas como Elba Ramalho, Moraes Moreira, Arrigo Barnabé, Fernanda Porto, entre outros.


Acesse também

Que delícia de som!!! Os caras realmente são bons!

Virada Distante

Esse ano na VIRADA CULTURAL, que acontece nesse final de semana em toda a cidade de São paulo, o nosso tão querido e esperado palco das bandas independentes vai ficar longe...bem longe, infelismente.O lugar será na Av. Casper Libero, próximo a Rua Washington, virado para a Rua Mauá. Mas talvez para compensar esse pequeno erro (ou não!) estratégico, a organização caprichou na programação.


Já às 21h 30 , para esquentar a noite, vão rolar os goianos que bombaram na cena paulistana em 2009, os Black Drawing Chalks (http://www.myspace.com/blackdrawingchalks).



E lá pela 0h 50, no mesmo palco, os candangos da Galinha Preta, tocando suas pérolas: "ninguem nesse mundo e porra nenhuma", "café, cigarro, coca-cola e stresse" e " carta da barata". Para você que ainda não conhece o trabalho dos caras, acessem o http://www.myspace.com/galinhapreta e se acabem no show"

Nos vemos lá!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A programação musical para o final de semana do dia das mães está lotada de opções interessantes

Nesse final de semana há muitas opções para comemorar o dia das mães ouvindo boa música.

Hoje, dia 07, a coisa já está boa. Em Santo André o coro da cidade realiza um belíssimo concerto no Teatro Municipal de Santo André, veja mais.

Outro programa que também chama a atenção é a LABELA Música, que traz o espetáculo de lançamento do Label A, o novo selo do estúdio Angels. O show acontecerá nos dias 7 e 8 de maio, às 21h no auditório do Ibirapuera. A entrada é 30 reais, 15 para o estudante.

O auditório do Ibirapuera também traz outros destaques como o Coro Luther King (site), um dos cinco corais mais tradicionais do país, que convida para a apresentação o Coral Cultura Inglesa e realiza mais um concerto de qualidade inquestionável. Desta união trará o musical "Negro Spiritual" trazido ao Brasil na década de 70. O espetáculo será no sábado, dia 8, às 18h. A entrada é franca. Veja mais no site do auditório.

Para abrir o apetite para o almoço do dia das mães é recomendável o concerto em homenagem aos 200 anos dos compositores Chopin e Shumman pela orquestra sinfônica municipal, também no Ibirapuera às 11h.

Também começa neste final de semana o programa Curvas sonoras, que como informa o site do ibirapuera, nasce com a finalidade de valorizar a diversidade da cultura brasileira, além de integrar os artista. "O Curvas Sonoras conta com a escalação de seis artistas de diferentes Estados que, juntos, oferecem um cardápio com muito rock, jazz, blues e experimentalismo", diz na programação. O ingresso custa 30 reais, será também no domingo, às 19h.

Para mães que curtem blues, neste domingo, o tecladista Adriano Grineberg se apresenta, no Centro Cultural São Paulo na sala Adoniran Barbosa (que aliás completa centenário de nascimento este ano), às 18h. O ingresso custa apenas R$ 10 reais. veja a programação.

No projeto clássicos do domingo, às11h30, Duo de Violões que traz no repertório obras violoníticas de Ravel, Sor, Johnson, L'hoyer. Entrada franca. Aumentando ainda mais o leque de boas opções para esta data tão especial. Também no CCSP, na sala jardel filho.

Amanhã também tem Beatles 4 Ever, às 21h, no Teatro Municipal de Santo André. O espetáculo, além das músicas, traz detalhes da trajetória do grupo.

http://musicaparaviagem.blogspot.com/2010/04/40-anos-sem-beatles.html

Tem sujestões??? Manda ai!