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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Irineu Franco Perpétuo, especialista em música classica, relaciona música e história em palestra no CCSP

Irineu Franco Perpétuo participará da série Clássicos do Domingo, do Centro Cultural São Paulo, no dia 16 de Maio, sala Jardel Filho, entrada franca. O jornalista preparou o programa a partir de suas observações relacionando história e música, propondo um novo jeito de ouvir música. Haverá participação do grupo Cantinela Essenble, formado por 12 músicos.

Irineu Franco Perpétuo é, sem sombra de dúvidas, uma referência em estudos sobre a música erudita no Brasil. Além de ser integrante do juri do programa Prelúdio na TV-Cultura, também escreve sobre música erudita no jornal Folha de S.Paulo, tem uma coluna no site da revista Concerto, é colaborador para a Bravo! e correspondente da Ópera Actual, de Barcelona.

Na ultima palestra da qual tive notícias, Perpetuo contou a história da música clássica a partir da Idade Média, depois explicou a prática da polifonia, falou dos trovadores, da Ars Nova e da escola franco-flamenga. Abordou ainda a obra dos principais compositores dos diferentes movimentos musicais - Renascimento, Barroco, Classicismo e Romantismo -, e acompanha a trilha das encenações operísticas, desde as primeiras manifestações do gênero até os grandes criadores de ópera da época romântica. Também explicou com clareza os autores modernos: Wagner e Debussy, além de Stravinsky, Villa-Lobos e Schöenberg, entre outros, seguindo pelos dias atuais, chegando até Philip Glass.

O CCSP, inaugurado em 1982, a princípio para abrigar uma extenção da biblioteca Mário de Andrade, passou por uma série de transformações até se tornar o primeiro espaço multidisciplinar de artes do país. Oferece espetáculos e cursos gratuitos de várias modalidades, além de promover debates e palestras sobre diversos assuntos. A série Classicos do Domingo, que acontece desde 2005, continuará revelando novos talentos da música erudita, além de trazer artistas já consagrados como Célio de Barros, vencedor do prêmio Visa.

Veja a entrevista concedida por Irineu Franco Perpétuo ao blog da sociedade da cultura artística

Localiza-se na rua Vergueiro, 1000, bairro Paraíso, ao lado da estação Vergueiro do metrô.

Dido e Enéas pela Fundação das Artes em comemoração aos 42 anos da instituição

 Esta é a primeira ópera executada pela escola desde a sua fundação, à 42 anos atrás. A propósito, esta temporada faz parte das comemorações de aniversário da escola e a montagem reúne alunos e professores das escolas de dança, artes visuais, música e teatro da instituição. Esse é o último fim de semana da ópera Dido e Enéas,de Henry Purcell com a Orquestra de Câmara Barroca e Coro de repertório da Fundação das Artes.

Dido & Eneas é uma obra do compositor inglês Henry Purcell, escrita em 1689, que conta a triste e emocionante história do amor de Dido, rainha de Cartago, e do Príncipe Eneas, nobre troiano (filho de Vênus, deusa do amor, e do mortal Anquises).  A montagem foi idealizada pela professora Maria Cecília Oliveira, coordenadora da Escola de Música, que é responsável pela direção artística geral do espetáculo.

No blog P.Q.P Bach o autor coloca "A ópera de Purcell é uma pequena jóia, uma das maiores — talvez a maior — músicas compostas por um inglês. O Lamento de Dido e as participações das bruxas são momentos absolutamente notáveis". A ópera inteira pode ser baixada no blog.

Vale destacar também o comentário de Romeu ainda no P.Q.P: "São muitas graças numa ópera. Primeiro, você tem o casamento entre texto e música. Depois, a história (Dido é a mulher autônoma e apaixonada, indiretamente punida pelos deuses de um Olimpo bem machista). Por fim, o lirismo dos três reunidos, sobretudo em árias magníficas como “When I am laid”… Ave, Purcell!"

Regente da Orquestra: Patricia Michelini
Direção Cênica :Haydée Figueiredo
Regente do Coro: Daniel Volpin
Ballet da Fundação das Artes e
Preparadora Vocal: Maria Cecília de Oliveira.
ATÉ 02 DE MAIO DE 2010.
SÁBADOS, 20:30 E DOMINGOS, 19:30


TEATRO MUNICIPAL PAULO MACHADO DE CARVALHO
Alameda Conde de Porto Alegre, 840 - Sta Maria - São Caetano do Sul -
SP.
INFORMAÇÕES: (11) 4238-3030 /www.fascs.com.br
Classificação etária:10anos.
ENTRADA FRANCA !!! Chegar 1 hora antes do início da apresentação para
retirado dos ingressos.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Hoje tem Quartas Musicais!!!


Show da Tala Larga em 05/07/09

Tala Larga | Vídeos de Música do MySpace

O Quartas Musicais é um evento criado pela prefeitura de Santo André, que abre as portas para bandas alternativas mostrarem seu trabalho. Hoje quem se apresenta é a banda Tala Larga, que tem a proposta de resgatar um pouco da rica história do rock brasileiro dos anos 60 e 70, apresentando releituras de músicas de grandes bandas e artistas como: “Os Mutantes”, “Casa das Máquinas”, “Joelho de Porco”, “Patrulha do Espaço”, “O Peso”, “O Som Nosso de Cada Dia”, “Made in Brazil”, “Bixo da Seda”, “O Terço”, “Raul Seixas”, entre outros, mantendo a intenção e a vibração tão característicos do rock daquela época.


A banda, nascida em Santo André em 1997, procura executar cada música com seu próprio estilo, fazendo uma nova interpretação das músicas criando uma nova roupagem, portanto não se trata de uma banda cover.


Saguão do Teatro Municipal de Santo André | Praça IV Centenário, s/nº – Centro. Tel.: (11) 4433-0789. Acesso para pessoas com deficiência.

domingo, 25 de abril de 2010

Parque Villas-Boas sofre com descaso

Parque público é negligenciado pelo governo e corre risco de fechar após três meses da inauguração.

Por: Giovana Torres Pessoa e Beatrice Morbin
Para Diretriz, jornal oficial do Mackenzie

Indignação. Este é o sentimento dos moradores da Villa Leopoldina em relação ao abandono do parque Villas-Boas, recém inaugurado. A entrega do parque contou com a presença do então governador José Serra e do prefeito Kassab, no dia 7 de janeiro de 2010. Apos três meses, os equipamentos já estão quebrados e há muito lixo e lama.
Ubaldo Vieira, 44, morador do bairro Vila Leopoldina, na zona oeste, está revoltado. "Apenas dez dias depois da inauguração estive no parque e fiquei impressionado com o abandono do local, lixo ainda da inauguração, garrafas pet, copos descartáveis, panos sujos e embalagens de chocolate e outros alimentos”. Ubaldo tem razão. Nossa reportagem esteve no local e verificou que o mato cresce, impedindo o acesso em vários pontos e cobrindo os poucos bancos. Os bebedouros não estão funcionando e não há água nos 12 banheiros químicos. Os aparelhos de ginástica para idosos e os brinquedos para as crianças não estão presos ao solo e muitos já caíram. “Cadê os R$ 25 mil gastos com a primeira fase da implantação?”, questiona o morador, decepcionado com o descaso das autoridades com uma obra recentemente inaugurada.
Localizado ao lado da Marginal Tietê, o espaço de 260 mil metros quadrados foi pensado e entregue à população para o uso recreativo, esportivo, educativo e de contemplação ambiental. Mas as instalações foram abertas ao público antes da conclusão das obras e do afastamento de Serra para a disputa presidencial. Foi prometida até outubro a conclusão da segunda etapa do parque, que inclui a construção de um jardim sensitivo com plantas aromáticas e comestíveis, uma pista de bike em toda a volta do parque e também uma área dedicada à prática de esportes radicais como escalada, skate, patins e mais 11 quadras poliesportivas.
Até 2004, no espaço onde hoje está o parque, operava uma usina de compostagem (xxxx) que causava muito incomodo à população. Os moradores, cansados de conviver com o forte cheiro de produtos químicos, mobilizaram-se e criaram o Movimento Popular de Vila Leopoldina, associação que lutou durante 12 anos para conseguir o fechamento da usina e mais quatro para conseguir aprovar o projeto de criação de um parque. Ao lado do terreno da antiga usina havia uma sede administrativa da Sabesp e o clube destinado aos funcionários da mesma. Quando a empresa decidiu desfazer-se da área, o governo apropriou-se do local com o objetivo de transformá-lo em patrimônio público junto ao terreno da antiga usina.
Gilberto Natalini, vereador do PSDB e também morador da região, aderiu ao movimento e criou a lei que possibilitou a implantação do parque. No projeto inicial, Natalini propunha em uma primeira etapa que aproveitaria as áreas como alamedas arborizadas, lagos, cantinas, gramado de futebol, quadra de tênis, paredão de tênis, quadra poliesportiva do antigo clube da Sabesp, que seriam apenas reformados pelo governo. Além de uma pista de Cooper, brinquedos infantis e equipamentos de ginástica para a terceira idade.
A Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente divulgou ter investido mais de 2,5 milhões no projeto e a mesma admite que existam falhas da manutenção do parque. Em nota afirma que a Prefeitura ainda não pôde licitar a manutenção, pois ainda não foi concluído o procedimento jurídico com o governo estadual formalizando o convênio que vai permitir que a Prefeitura assuma a administração da área e faça as licitações necessárias para manutenção.
O CADES (centro de apoio e desenvolvimento social) pediu oficialmente à Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, que interditassem o local, pois não há condições de segurança minimas necessárias para os usuários do espaço. A secretaria, por sua vez, diz que limpezas de emergências serão negociadas com a Sabesp, antiga proprietária da área, enquanto o processo de licitação não é concluído.

Olho: Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente divulgou ter investido mais de 2,5 milhões no projeto e a mesma admite que existam falhas da manutenção do parque.

Box:
Villas-Boas, que dá nome ao parque, foi um ícone da defesa da fauna e flora no Brasil.

Orlando Villas-Boas – que dá nome ao novo parque da cidade – foi um importante sertanista brasileiro. Durante a 2° guerra mundial, fez parte da Expedição Roncador-Xingu desde o início, chegando a ser um dos chefes - junto a seus irmãos Leonardo e Cláudio Villas-Boas. Criada pelo Governo Federal no início de 1943, a Expedição tinha como principal objetivo desbravar as áreas do interior do país e evitar que o território fosse tomado pelos europeus. Ao longo da missão, Villas-Boas teve muito contato com a cultura indigena. A princípio entendia como um obstáculo este vínculo, mas ao tomar consciência de que não eram selvagens desregrados e violentos como diziam, tornou-se um dos principais indianistas. Foi um dos principais idealizadores e participantes do grupo que pleiteou ao presidente da República a criação do Parque Nacional do Xingu, com o objetivo de preservar a fauna e a flora intocada da região e resguardar as culturas indígenas da área.
“Se achamos que nosso objetivo aqui, na nossa rápida passagem pela Terra, é acumular riquezas, então não temos nada a aprender com os índios. Mas se acreditamos que o ideal é o equilíbrio do homem dentro de sua família e dentro de sua comunidade, então os índios têm lições extraordinárias para nos dar.” Vilas-boas.


Causos do Doutor Osmar, ótima pedida para quem quer saber curiosidades do futebol

Obs. Transcrevendo resenha produzida no carnaval de 2010.

Com quase quarenta anos de dedicação ao futebol e à medicina esportiva, Osmar de Oliveira concebeu Causos do Doutor Osmar, publicado pela Companhia Editora Nacional. Como uma conversa de bar, a obra é descontraída, leve e gostosa de ler – perfeita para o carnaval. O comentarista conta histórias verídicas, protagonizadas por vários craques da bola e pessoas relacionadas ao esporte com quem teve contato ao longo de sua carreira. Além dos próprios 'causos', conta também alguns de seus colegas. Entre esses estão o jornalista Sandro Moreyra, Telê Santana, Gentil Cardoso e João Saldanha.

A página 54 guarda um dos momentos mais engraçados do livro, nela estão concentradas as melhores gafes de Vicente Matheus, ex-presidente do Corinthias – muito competente, porém humilde e de baixa escolaridade. Em 'Cadê as bolinhas, doutor?' Nosso autor conta que seus primeiros pacientes sempre tomavam afetaminas, um estimulante, antes dos jogos, e faziam questão absoluta das tais “bolinhas”. Por uma desgraça do destino o estudante de medicina não achava a dita cuja em lugar nenhum. Desesperado, e com medo de que sua carreira se encerrasse assim, teve a brilhante ideia de troca-las por uma certa guloseima, afirmando ser um santo remédio. Os jogadores tomaram satisfeitos e por mais improvável que possa parecer, deu certo. Ganharam o jogo, garantiu seu emprego e ainda ganhou a confiança da equipe e alguns benefícios extras.

Prejuizos e lucros após um ano de Lei Antifumo

Por Giovana Torres Pessoa e Juliana Monteiro

Após a aprovação da Lei Antifumo estabelecimentos chegam a ter queda de até 38% de faturamento.

No dia 07 de Março de 2009, a lei estadual Antifumo (Nº 13.541) de autoria do governador José Serra entrou de vigor, estabelecendo normas de proteção à saúde e de responsabilidade por dano ao consumidor, projeto de lei que previa o banimento definitivo do tabagismo em ambientes fechados no estado de São Paulo. O grande problema, que tem gerado polêmica entre os consumidores e proprietarios de bares e restaurantes e a medida tomada pelo governo é que não foi levado em consideração a questão que compromete o emprego, a geração de renda e inclusão social no setor que mais emprega no país. Além de ferir a liberdade dos cidadãos fumantes.
Embora muitos não-fumantes tenham aprovado a idéia, esta lei não agradou a todos. Uma pesquisa feita pela Associação Brasileira de Gastronomia, Hospedagem e Turismo (ABRESI), durante os dias 01 e 02 de setembro de 2009, setores de hospitalidade e turismo mostraram-se fortemente afetados. Foram consultados 30 bares, 30 casas noturnas e 30 restaurantes de cinco bairros nobres de São Paulo. Todos apresentaram queda de faturamento. Os estabelecimentos mais prejudicados foram as casas noturnas, com queda de 38%. Bares e restaurantes tiveram quedas de 22% e 11% respectivamente.
Ainda segundo essa pesquisa os principais motivos para essa queda do faturamento estão relacionados à queda no tempo de permanência e na frequência de cada cliente e à crescente tendência dos frequentadores em optar por reuniões em casa (efeito também da Lei Seca, aprovada em âmbito nacional em 2008 e do aumento no número de assaltos no Estado).
Outro aspecto que gerou discussão entre gerentes e empresários do setor foi o fato de a lei não ter levado em conta que diversos estabelecimentos estavam preparados para atender todo tipo de público, pois faziam a separação física de ambientes para fumantes e não fumantes, sendo que está segunda área contaria com sistema de ventilação capaz de retirar a fumaça do ambiente interno para o externo, preservando assim a saúde do fumante e do trabalhador, além de não causar nenhum tipo de transtorno ao cliente não fumante.
Cristiano Alvim, 30 anos, produtor de atendimento e fumante há 15 anos, diz que realmente sofreu com o início da lei Antifumo, “ter que sair do estabelecimento toda a vez que quer fumar, não é legal. Além disso, alguns bares te dão horários específicos: no momento que você saiu, você só tem cinco minutos para fumar e deve entrar imediatamente, ou então só pode cinco pessoas por vez, normalmente para que o segurança possa controlar o fluxo de clientes”. Quando é questionado sobre a possível perda de lucros dos lugares que frequenta, Cristiano também concorda, “eu poderia consumir uma cerveja quando venho fumar, provavelmente isso faz com que os bares e outros estabelecimentos percam consideravelmente com essa lei”.
Não são todos os fumantes e estabelecimentos que concordam com a posição da ABRESI e com o ponto de vista de Cristiano Alvim. Angélica Vieira (25), que trabalha na parte administrativa de um famoso pub irlandês, o O’Malleys, localizado na Alameda Itu, Jardim Paulista, diz que a lei antifumo não prejudicou o estabelecimento, “pelo contrário, a lei nos favoreceu, hoje em dia temos mais clientes que aparecem para comer sem se preocupar com o cheiro de cigarro os incomodando”. Mesmo antes da Lei Antifumo, o O’Malleys tinha seu diferencial, oferecia um planejamento mais organizado para a harmonia entre fumantes e não fumantes, em certos lugares do pub era permitido fumar, enquanto em outros era proibido, como a pista superior, onde as bandas costumam tocar diariamente.
Antônio Monteiro, auditor médico de 55 anos, costuma frequentar diversos restaurantes de São Paulo com sua mulher e filhos. Mesmo sendo fumante há mais de 30 anos, não se importou com a lei antifumo, “eu não fumo enquanto estou comendo, portanto isso não me atrapalha, além disso minha mulher não gosta do cheiro, então para ela está sendo uma maravilha não ter mais o cigarro para atrapalhar nossa refeição. Para mim é muito mais simples terminar minha refeição, pagar e sair para fumar enquanto espero meu carro”.
Solução para fumantes e não fumantes
Estudantes da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Alison Pablo de Oliveira, Felipe Edelmann de Oliveira Baptista e Vitor Schmid, elaboraram um modelo de maximização de lucros com base na microeconomia. Este modelo permite analisar os efeitos da lei antifumo na lucratividade dos bares. Eles observaram que um dos principais problemas relacionados ao consumo de cigarros em estabelecimentos fechados, antes da nova lei, era o incômodo causado pela fumaça e o mal cheiro aos não fumantes que frequentavam bares.
A solução proposta por estes estudantes foi criar uma intermediação da parte do estabelecimento comercial, onde este visaria a troca de “direito de ar puro” e “direito de fumaça”, decidindo para quem dará o direito de propriedade.
O estabelecimento cobraria uma pequena taxa de um bem comum oferecido no estabelecimento - no caso a cerveja sendo o produto mais consumido em bares - para o cliente que aceite essa condição tenha o direito de, ou ar puro, caso seja um não fumante, ou de fumaça, caso seja um fumante.
Pela pesquisa elaborada neste modelo, observou-se que grande parte dos fumantes e não fumantes da FEA entrevistados informaram que aceitariam pagar um pouco a mais no produto comum de consumo para ter o direito de ar puro, ou de fumaça. O problema atualmente observado pelos criadores de tal modelo é o fato de que grande parte dos estabelecimentos de São Paulo não têm um planejamento para estes casos, mesmo antes da lei antifumo, não compreendendo seus clientes de maneira adequada.
Quando Vitor Schmid, um dos criadores do modelo, é questionado sobre a possibilidade desse plano funcionar na prática, ele diz que não há um modo de ter certeza absoluta. Mesmo que ainda não passe de uma teoria, não deixa de ser um avanço para a solução do problema de como os bares e o governo poderiam trabalhar para amenizar os conflitos vistos com a Lei Antifumo.

A relação entre política, economia e mercado, a partir do estudo de Manuel Castells e entrevista concedida pelo mesmo sobre o livro.

Manuel Castell é um acadêmico e sociólogo, nascido na Espanha em 1942. Lecionou durante 12 anos na universidade de Paris. Em 2001, foi nomeado pesquisador da Universidade Aberta da Catalunha em Barcelona. Em 2003 tornou-se professor de comunicação na universidade da Califórnia do sul. Castells publicou mais de 20 livros, sendo a trilogia “A era da Informação: economia, sociedade e cultura”, publicados entre 1996 e 1998, sua principal obra. No primeiro livro dessa trilogia, Castells foi um dos pioneiros ao discutir o complexo tema das novas tecnologias, ainda incipientes, e seus efeitos no estado, na política, na economia e na sociedade como um todo.
No livro o Autor explica como se dá a formação de uma economia global, que estamos vivenciando e como isso interfere no governo, ou mesmo na comunicação e no desenvolvimento de tecnologias e linguagens. Segundo Castells, esse novo modelo de economia surgiu como consequência da crise de 1970, e expandio-se com o auxilio das novas tecnologias de informação. Durante o período de reestruturação de mercados financeiros dos países atingidos houve uma “explosão” de fluxos de financeiros internacionais, investimentos globais e uma internacionalização quase completa das atividades bancárias, através das instituições que buscavam ‘controlar’ a economia global, como o FMI e o Banco Global. Esse novo contexto, em que as tecnologias se mostram cada vez mais avançadas, intensificou as relações de mercado. Justamente essa nova interação – entre mercado, governo e instituições financeiras globais, criadas para ‘controlar’ esse modelo econômico – que possibilitou a implantação dessa economia global.
Essa necessidade de interação que surgia exigia uma ferramenta, uma linguagem, que garantisse círculos de retorno, pois as redes transitoriais dependiam disso para gerar a coordenação de produção e distribuição descentralizada. A informatica vinha cumprindo bem este papel, mas no fim da década de 1990 a Internet tornou-se a ferramenta chave para o suporte desse novo modelo econômico. Para o pesquisador espanhol a “Globalização Econômica só poderia acontecer com base nas novas tecnologias”.

De acordo com Castells no subcapítulo A economia política da globalização: reestruturação capitalista, tecnológica da informação e políticas estatais, a etapa contemporânea da globalização está caracterizada pela fase informacional do capital e dos modelos econômicos vigentes no mundo, essa nova fase é denominada pelo sociólogo como capitalismo informacional. A comunicação passou a fazer parte das estratégias empresariais, não só para aumentar os lucros, mas também para conquistar novos mercados (incluindo internacionais) e criando uma divisão internacional de mão-de-obra.
Em entrevista para o programa Roda Viva, na rede Cultura de televisão, Castells afirma que esse novo modelo econômico global se difere do antigo por ser um sistema no qual o lucro não é tão necessário e intrínseco a saúde financeira das empresas quanto o conhecimento. Exemplificando o proposto, o sociólogo afirmou que muitas empresas preferem investir seu capital em ações, mesmo tendo um certo prejuízo, mas sabendo que estão investindo em tecnologia, garantindo o futuro.
Os governos cumpriram um importante papel para esse processo de formação de uma economia global. Nos países ricos, G7, os governos, junto às instituições internacionais monetárias, se manifestaram de maneira intensa. As três políticas mais importantes, para Castells, são a desregulamentação das atividades domésticas; a liberalização do comercio e dos investimentos internacionais; e a privatização de empresas públicas. Essas políticas abriam as portas ao mercado externo e aumentavam a disputa por mercado, e a partit disto movimenta a economia, cria empregos e força as empresas a evoluirem para que possam conquistar espaço no mercado. Facilitam as transações financeiras, o comércio e a influencia cultural e política no país.
Ainda segundo o livro, os mecanismos para levar o processo de globalização aos países era basicamente pressão política para intermédio de atos e direitos do governo ou de imposição do FMI, do Banco Mundial ou da OMC. O capital global só poderia entrar no pais caso o mesmo tenha estabelecido uma economia liberalizada. Na teoria a ideia de uma economia global seria unificar as economias ao redor de um conjunto de regras “homogeneas” do jogo, como coloca o autor, para que o capital, os bens e serviços pudessem fluir para dentro e para fora do país. Ainda na teoria, esse modelo beneficiaria a todos, e o capitalismo global milagrosamente conseguiria a redução da pobreza e da desigualdade.
Na prática não acontecia bem assim. Muitas vezes, esses países que enfrentaram uma crise, recebiam propostas de crédito do FMI e do Banco Mundial. Aceitar esse crédito significaria credibilidade diante dos investidores, mas ao mesmo tempo implicaria em adequar-se ao que eles querem. Esses emprestimos contribuiram para a expansão da economia global, tanto que ao fim da década de 1990 o FMI apoiava mais de 80 países. Criando assim uma certa padronização da economia entre eles pois, para receberem o crédito era preciso adequar-se ao modelo normativo da instituição criada por seus economistas. Quem não aderisse a esse modelo seria punido com ostracismo financeiro, sendo isolado dos fluxos globais de capitais, tecnologia e comércio.
Trata-se de uma lógica auto-ampliável induzida e imposta pelo governo e essas instituições, que à medida em que mais pessoas aderem àquele modelo, mais intensa a “punição” por nçao aderir e maior a pressão por participar já que há muitos que participam. Mesmo assim conseguiu unir, ainda que quase à força, um segmento dinâmico, de várias nacionalidades, em uma economia aberta.
Um ponto relevante, muito abordado pelos entrevistadores no programa Roda Viva, é a questão da sustentabilidade desse novo modelo empresarial e econômico. Castells diz não acreditar que este modelo seja sustentável na forma como vem sendo trabalhado atualmente. “Então, eu acho que, se, neste momento, o modelo de produtividade do capitalismo informacional é tão dinâmico, é muito possível que continue se desenvolvendo com base neste setor da humanidade, excluindo, ao mesmo tempo, boa parte das pessoas, que não são interessantes. Além disso, há o problema de recursos naturais”, comenta.
Durante a década de 70, Castells teve um importante papel no desenvolvimento da sociologia urbana Marxista. Enfatizou o papel dos movimentos sociais na transformação conflitiva da paisagem urbana. Mas, apesar de ter origens no Marxismo, Castells não utilizou o famoso escritor do O capital em nenuma parte de suas obra. Observando tal fato, Castells foi indagado pelo jornalista Luis Weis, o motivo de tal esquecimento, se é que se pode chamar assim. Em resposta, Castells afirmou que o modelo antigo de Marx não é válido para entender o que é uma economia informacional e para entender o que é o atual processo de globalização.

Castells ainda afirma que ese novo modelo informacional gera ainda mais ilegitimidade política devido ao fato da política ter se midiatizado, mesmo o número de votantes nesse sistema democrático ter crescido substancialmente. "As pessoas votam contra, não a favor. As pessoas votam a favor do que lhes parece menos mau, como gesto de defesa contra o que pode ser ainda pior".

* fotos tiradas do site da chapa branca comunicação.

sábado, 24 de abril de 2010

Música no País das Maravilhas


Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, era um dos filmes mais esperados do ano.  Nele Burton abusa dos efeitos 3D e muitos elementos gráficos. Toda essa tecnologia nos da novas possibilidades para a visualização do universo fantástico da trama de Luwis Carrol. A obra é toda estravagante, como o cineasta, mas a trilha sonora escolhida também chama atenção e completa seu estilo. O diretor contou com bandas e interpretes famosos, como Avril Lavigne, The All-American Rejects, Owl City, Shinedown, All Time Low e outras.



ouça a trilha sonora completa em http://factoide.wordpress.com/2010/03/05/musicas-do-filme-alice-no-pais-das-maravilhas/



Saiba +    Neste mesmo ano, em que o diretou estreia Alice no País das Maravilhas, Burton é escolhido para presidente do juri do festival da Cannes e ainda ganha uma grande exposição no MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova York), a maior exposição já feita para um diretor de cinema. Segundo reportagem da Bravo!, são mais de 700 itens entre longas, animações, desenhos, fotografias, pinturas, arte conceitual, storyboards, marionetes, maquetes e figurinos de produções e de trabalhos pessoais de Burton. O Centro Cultural Banco do Brasil também se interessou pela obra e está em negociação para trazê-la ao país. Veja foto:


Flávia costa conta mais sobre o filme no epaço antenado.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Você entende a música erudita contemporânea?

Amanhã, 23 de Abril às 14h30min, a Camerata Aberta realizará um concerto didatico sobre o tema.

O grupo, que estreou no final de Março, tem como foco trabalhar o repertório produzido nos séculos XX e XXI. Idealizado por Silvio Ferraz e Sergio Kafejian, compositores contemporâneas brasileiros reconhecidos internacionalmente, o conjunto é patrocinado pelo governo do Estado por meio da Santa Marcelina Cultura (organização social responsável pela gestão das escolas de música estaduais e de projetos como o Festival de Inverno de Campos do Jordão).

Ainda nesse final de semana, dia 25 ás 16h, será realizado um grande concerto no auditório do Masp, o que promete ser uma experiência bastante interessante, já que os compositores Charles Ives, Claude Debussy, Edgar Varèse, Salvatore Sciarrino, Sergio Kafejian e Silvio Ferraz ainda não são conhecidos pelo grande público, e muito menos compreendidos.

O nome do concerto é Entre Extremos, e segundo o site da Escola de Música do Estado de São Paulo, Guillaume Bourgogne, maestro convidado pelo grupo, "buscou um recorte de linguagens e sonoridades pouco usuais, em que os instrumentos encontram-se em seus limites de audibilidade e de execução, levando ao público a oportunidade de descobrir novas maneiras de se ouvir música". Este concerto, inovador no Brasil, estará abrindo um novo leque de possibilidades para o cenário de música erudita brasileiro.

No concerto didático a Camerata Aberta irá explicar obras e compositores contemporâneos importantes, trabalhando assim a criação de um público para esse estilo de música experimental. Por isso são realizadas diversas atividades pedagógicas e os concertos didáticos acontecem sempre pouco antes dos concertos oficiais.

“O concerto didático é conduzido pelo maestro, que explica ao público como os materiais musicais são elaborados e como o compositor constrói seu discurso. Paralelamente, o grupo executa trechos das obras que exemplificam os tópicos expostos pelo maestro”, explica Sergio Kafejian, coordenador da Camerata Aberta, ao site da emsp.

O repertório executado no dia 25 será:
- The Unanswered Question - de Charles Ives. (Segundo o próprio compositor revela uma "paisagem cósmica").
- Prélude à l’après midi d’un faune - de Claude Debussy (peça que foi considerada o marco inicial da música contemporânea)
- Octandre - de Edgar Varèse (precursor em experimentos com sonoridades ruidosas)
- Archeologia del telefono - de Salvatore Sciarrino (propõem novos caminhos para a apreciação musical)
- Sobre Paranambucae - de Sergio Kafejian ( de compositor nacional, que se inspirou na paisagem sonora de 4 regiões)
- Dona Letícia - de Silvio Ferraz ( O compositor aproxima os dois momentos diferentes, através de elementos da música tradicional e sonoridades mais experimentais).








Para obter mais informações sobre o programa clique aqui.

O jornalista Irineu Franco Perpétuo comentou no site da revista concerto sobre a Camerata.

"E se a ideia era encerrar o mês de abertura com boas promessas, exatamente no último dia de março estreou no palco principal do Sesc Vila Mariana, em São Paulo, a Camerata Aberta, um especialíssimo conjunto de câmara que reúne a nata de solistas da cidade, e cujo repertório será direcionado à música contemporânea. A criação de um grupo desta natureza, contando com a estabilidade financeira e institucional propiciada pela Emesp (Escola de Música do Estado de São Paulo), é algo sem precedentes na história da música brasileira e que há muito se fazia urgente.
Sob a regência do francês Guillaume Bourgogne (que está a cargo dos primeiros concertos do grupo), a Camerata Aberta teve um programa bastante heterogêneo. De J. S. Bach a Iannis Xenakis, passando por Gérard Grisey, Marisa Rezende e Roberto Vitório, o grupo nasce com a promessa de ser o Domaine Musical dos trópicos (grupo francês fundado na década de 1950 por Pierre Boulez, em cujos programas coabitavam obras antigas e contemporâneas).
Foi espantoso constatar, não apenas a habilidade destes talentosos músicos em desembaraçar as intricadas teias de obras tão complexas, mas acima de tudo a fluída musicalidade obtida pelo conjunto numa apresentação que entusiasmou a lotada plateia do teatro."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Curta essa semana - Coro da Cidade de Santo André


90 vozes em harmonia!


Nesta quinta feira o coro de Santo André abrirá as atividades do 38° Salão de Arte Contemporânea Luiz Saciloto, no saguão do teatro Municipal de Santo André. O Evento, que começará às 19h contará com a presença das autoridades da cidade. Depois da participação do Coro, que deve durar aproximadamente 30min, a exposição será aberta ao público e será servido o coquetel.

Segundo o site da prefeitura a mostra deste ano é composta por 24 obras de 15 artistas. O Salão recebeu inscrições de todo o Brasil, totalizando 397 artistas e aproximadamente 1.2 mil obras em 10 categorias. A visitação poderá ser feita até o dia 5 de junho, de terça-feira a sábado das 12h às 17h e 18h às 21h, com entrada gratuita.

O Coro nasceu de um grande projeto para a cidade, aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura e com patrocínio da Bridestone Firestone. O grupo conta com uma equipe de 7 profissionais experientes e qualificados, e regido pelo Maestro Roberto Ondei.

Veja video do Concerto de 25 de abril de 2008


Além das atividades especiais, como o evento desta semana, o coro também acompanha a Orquestra Sinfônica de Santo André (OSSA), conduzida pelo Maestro Carlos Eduardo Moreno, que tem feito um belo trabalho e conseguiu assumir o lugar de Flavio Florence - criador da orquestra - e manter o sucesso da Orquestra da Cidade. Os concertos da OSSA normalmente lotam, e a plateia, que ovaciona Moreno, sempre pede BIS. Sabendo disso o maestro sempre traz uma carta na manga, uma peça pronta, ou mesmo duas, para agradar à platéia.

Santo André continua como referência de música Erudita no grande ABC, e como Moreno anunciou no último concerto, está para ser aprovada a implantação de uma sala de concertos na cidade, e o maestro revelou a aspiração de transformar a OSSA em uma "2° OSESP". A cidade realmente merece esse presente.

Abril
Dias 24 e 25
- Jean Sibelius: Finlandia - Poema Sinfônico
- Robert Schumann: Concerto para Violoncelo e Orquestra em Lá Menor, op. 129
- Anton Bruckner: Sinfonia nº 1 em Dó Menor

Participação especial: Eliah Sakakushev (violoncelo)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Steve Reich e o minimalismo

Steve Reich ou Stephen Michael Reich (Nova Iorque, 3 de outubro de 1936) é considerado um dos mais importantes compositores da música minimalista.

Estudou percussão aos catorze anos com o timpanista da Orquestra Filarmônica de Nova Iorque; formou-se em Filosofia na Universidade Cornell; estudou composição por dois anos com Hall Overton, de 1958 até 1961 na escola de música Juilliard. Além disso, estudou em institutos africanos e balineses. Em 1990 ganhou o Grammy de melhor compositor contemporâneo

sábado, 17 de abril de 2010

Que tal um pouco de Bob Dylan?

De repente Bob Dylan está na mídia, em toda parte. Não é por acaso.


Like a Rolling Stone (Highway 61 Revisited) - música mais famosa de Bob Dylan que marcou a história do rock influenciando gerações, mudando o rumo de sua vida e tornando-o um ícone do pop rock - está completando 45 anos. A música causou um choque e chamou atenção tanto pela sua duração quanto pela musicalidade e estilo. "Nenhuma outra canção pop confrontou e transformou tão completamente as regras comerciais e as convenções atísticas da sua época", declarou a reivista Rolling Stone, em 2004.

A música recebeu várias versões de outros renomados e importantes músicos , como o 'The Rolling Stones', B.B. King, Bob Marley, Lenny Kravitz e até mesmo Jimi Hendrix.

Todo esse sucesso veio antes de completar 26 anos de idade. Ja havia alcançado seu status de lenda, com as músicas 'Bringing It All Back Home', 'Highway 61 Revisited' e 'Blonde on Blonde', todas produzidas entre 1964 e 1966, sua época mais produtiva. Com o sucesso repentino de suas músicas e o euforismo contínuo de suas fãs, Bob Dylan ficou sem saber como lidar com tanta pressão. Segundo o especial publicado no site do estadão, chegou a considerar a possibilidade de abandonar a carreira. Para completar, ainda em 1966, sofre um acidente de moto e fica afastado por um tempo. Mas o afastamento não conseguiu tira-lo da música, voltou em uma nova fase em que casava o rock psicodélico com o country.

Robert Zimmerman, verdadeiro nome do jovem músico de Minessota, em 1965 afirma que o ponto de partida da criação de "Like a Rolling Stone" foi um encontro com os Beatles,  ao chegar deste encontro "vomitou" dezena de versos irônicos, que deram origem à música. Like a Rolling Stone, de 6 minutos, incomum para a época, com uma musicalidade própria e estilo que permanece na historia, como o símbolo de uma época. Pode parecer estranho colocar a duração como algo revolucionário na música de Bob Dylan, mas na verdade ele quebrou os padrõesda época, em que as músicas tinham sempre por volta de 3 min. Esse aspecto também dificultou a chegada da música ao rádio, que tinha o espaço planejado para que a música durasse 3 minutos. Com esse impecílio a produção teve que dividir a música em duas partes para poder vender para as emissoras de rádio, para que estas optassem por colocar a música inteira ou só um pedaço.

O livro “Like a Rolling Stone – Bob Dylan na encruzilhada”, de Greil Marcus (Companhia das Letras, 252 págs., R$ 34), lançado em 2005 nos EUA, chega agora ao Brasil. Parece um tanto exagerado dedicar  um livro à apenas uma música, mas o nível de detalhes, tanto da música como sua influência, dizem ser incrível e torna-se interessante para a história do rock.Veja a postagem de Mauricio Stycer sobre o livro.

Que tal um pouco de Bob Dylan?

De repente Bob Dylan está na mídia, em toda parte. Não é por acaso.


Like a Rolling Stone (Highway 61 Revisited) - música mais famosa de Bob Dylan que marcou a história do rock influenciando gerações, mudando o rumo de sua vida e tornando-o um ícone do pop rock - está completando 45 anos. A música causou um choque e chamou atenção tanto pela sua duração quanto pela musicalidade e estilo. "Nenhuma outra canção pop confrontou e transformou tão completamente as regras comerciais e as convenções atísticas da sua época", declarou a reivista Rolling Stone, em 2004.

A música recebeu várias versões de outros renomados e importantes músicos , como o 'The Rolling Stones', B.B. King, Bob Marley, Lenny Kravitz e até mesmo Jimi Hendrix.

Todo esse sucesso veio antes de completar 26 anos de idade. Ja havia alcançado seu status de lenda, com as músicas 'Bringing It All Back Home', 'Highway 61 Revisited' e 'Blonde on Blonde', todas produzidas entre 1964 e 1966, sua época mais produtiva. Com o sucesso repentino de suas músicas e o euforismo contínuo de suas fãs, Bob Dylan ficou sem saber como lidar com tanta pressão. Segundo o especial publicado no site do estadão, chegou a considerar a possibilidade de abandonar a carreira. Para completar, ainda em 1966, sofre um acidente de moto e fica afastado por um tempo. Mas o afastamento não conseguiu tira-lo da música, voltou em uma nova fase em que casava o rock psicodélico com o country.

Robert Zimmerman, verdadeiro nome do jovem músico de Minessota, em 1965 afirma que o ponto de partida da criação de "Like a Rolling Stone" foi um encontro com os Beatles,  ao chegar deste encontro "vomitou" dezena de versos irônicos, que deram origem à música. Like a Rolling Stone, de 6 minutos, incomum para a época, com uma musicalidade própria e estilo que permanece na historia, como o símbolo de uma época. Pode parecer estranho colocar a duração como algo revolucionário na música de Bob Dylan, mas na verdade ele quebrou os padrõesda época, em que as músicas tinham sempre por volta de 3 min. Esse aspecto também dificultou a chegada da música ao rádio, que tinha o espaço planejado para que a música durasse 3 minutos. Com esse impecílio a produção teve que dividir a música em duas partes para poder vender para as emissoras de rádio, para que estas optassem por colocar a música inteira ou só um pedaço.

O livro “Like a Rolling Stone – Bob Dylan na encruzilhada”, de Greil Marcus (Companhia das Letras, 252 págs., R$ 34), lançado em 2005 nos EUA, chega agora ao Brasil. Parece um tanto exagerado dedicar  um livro à apenas uma música, mas o nível de detalhes, tanto da música como sua influência, dizem ser incrível e torna-se interessante para a história do rock.Veja a postagem de Mauricio Stycer sobre o livro.


Texto publicado no blog www.musicaparaviagem.blogspot.com

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ex-Guitarrista do Red Hot shilli pepers, John Frusciante, é o melhor dos ultimos 30 anos


A folha on-line noticiou hoje que John Frusciante foi eleito o melhor guitarrista do mundo dos últimos 30 anos, em uma pesquisa feita com ouvintes da rádio britânica BBC.

veja matéria inteira:

Frusciante entrou para o Red Hot Chili Peppers depois da morte do guitarrista original, Hillel Slovak, por overdose de drogas em 1988. Ele participou dos álbuns "Mother's Milk" e "Blood Sugar Sex Magik". Em 1992 saiu da banda pela primeira vez e acabou tendo problemas, por ser viciado em heroína, virou sem-teto e perdeu todos os dentes. Passou por clínica de reabilitação e voltou ao grupo cinco anos depois. Em paralelo à participação nos Red Hot, Frusciante gravou 10 albuns solos não comerciais, sob seu nome -variando entre o rock experimental, música ambiente até ao New Wave e eletrônica - que foram aclamados pela crítica. Apesar da vida desregrada e dos vicios mostra-se extremamente talentoso e, nessa pesquisa da BBC, ficou à frente de Slash, do Guns n' Roses, e Kirk Hammett, Metallica.

Lista completa dos 10 guitarristas mais votados nessa pesquisa.

1. John Frusciante - Red Hot Chili Peppers
2. Slash - Guns n' Roses
3. Matt Bellamy - Muse
4. Johnny Marr - The Smiths
5. Tom Morello - Rage Against The Machine
6. Kirk Hammett - Metallica
7. Jonny Greenwood - Radiohead
8. Prince
9. Jack White - White Stripes
10. Peter Buck - REM

Obs. Na lista dos 100 melhores guitarristas do mundo, da revista Rooling Stones, Frusciante ficou com o 18° lugar.

"Não houve drama nem raiva envolvidas, e os outros caras foram muito compreensivos. Eles apoiam que eu faça o que for necessário para me fazer feliz", disse Frusciante. "Meus interesses musicais me levaram a uma direção diferente", completa.

Ao que tudo indica, Frusciante será substituído por Josh Klinghoffer, que vem tocando com a banda à dois meses.

Sobre sua participação na banda Red Hot Chilli Peppers todo mundo sabe, ou pelo menos já ouviu falar, mas poucos conhecem sua carreira solo, que é a que segundo os críticos realmente vale a pena. Sobre seu ultimo album, The Empyrean solo é interessante ver: blog transitorialmente.

Antonio Rossa, autor do post que indiquei, explica: "Frusciante imprime em cada canção uma espécie de selo, uma nuança criativa que sabe bem utilizar-se das próprias deficiências e virtuoses, em perfeita simbiose; e que podem alcançar estranhezas sensitivas muito saborosas. Seus discos têm um ponto central característico, são quase sempre indicadores conceituais oferecendo uma espécie de “menu” de possibilidades pop."




domingo, 11 de abril de 2010

40 anos sem beatles =(


Esse foi o ultimo show gravado pelos Beatles. Este show ficou conhecido como "Rooftop concert", concerto do telhado, realizado no terraço da Apple, a empresa da banda, no número 3 de Savile Row. Parte do material gravado no telhado foi para o disco "Let it be". A idéia era mostrar os Beatles com a simplicidade do começo num ambiente descontraído com o título de "Get back", mas a idéia dançou com a briga deles. Antes de lançar "Let it be" em 1970, eles gravaram e lançaram "Abbey road", um de seus discos mais populares. A ideia de gravar no telhado surgiu de repente no meio da gravação do documentario sobre a banda, que decidiram terminar assim. Foi preciso improvisar com os equipamentos para adequa-los ao novo ambiente de gravação. Glyn, engenheiro da equipe, recebeu ordens de compra meias de mulher para cobrir os microfones para evitar o efeito do vento frio conta o constrangimento de chegar no balcão da Marks & Spencer e pedir meias femininas. "Perguntaram de que tamanho e respondi que qualquer um servia. O vendedor me olhou de um jeito muito estranho".

Ontem, dia 10 de Abril de 2010, fez 40 anos que o grupo The Beatles acabou oficialmente. Em 1970 Poul McCartney anunciou a separação oficial do grupo e lançou seu primeiro disco solo. Ele mesmo conta, em sua autobiografia, que o grupo não se encontrava para tocar havia meses, mas ninguém queria comunicar. "Não deixei os Beatles. Os beatles deixaram os Beatles, mas ninguém quer ser o que diz que a festa terminou".


George Martin, produtor que trabalhou com eles no estúdio de gravação durante oito anos, a separação era inevitável. Ele explica que "a ruptura ocorreu por muitos motivos, sobretudo porque cada um dos meninos queria viver sua própria vida e nunca tinham conseguido".

Paul McCartney, John Lennon, Ringo Starr e George Harrison foram os integrantes do grupo de rock mais influente de todos os tempos nos anos 60, em Liverpool, Inlaterra. Uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais escrevendo alguma das canções mais populares da história do rock foi a dupla McCartney-Lennon.

A principio influenciados pelo som dos anos 50, principalmente o skiffle e o rock n'roll, variavam dos gêneros folk rock ao rock psicodélico (estilo de produção musical intimista, geralmente abordando os temas subjetividade, loucura, obsessão, tendências à drogas psicoativas, imagens, alucinações e melancolia). As vezes incorporando elementos da música clássica, ou outros estilos, mas sempre com muita criatividade e talento.

"Love Me Do", primeiro 'single' da banda, que os fez alcançar sucesso imediato no Reino Unido e popularidade internacional no ano seguinte.



Até 1966 The Beatles fizeram inúmeras excursões e cativaram o publico internacional. Depois passaram a produzir mais em estúdio, nessa época, segundo as críticas, produziram os materiais mais ricos - inclui-se aqui o álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (1967), considerado uma verdadeira obra-prima.



Outro sucesso do álbum, "With a Little Help from My Friends"


E Lucy in the Sky with Diamonds
Entre as ditas músicas psicodelicas da banda, além dessas a cima, podemos destacar Magical Mystery Tour e I am the walrus.



quarta-feira, 7 de abril de 2010

Christoph Walts, de Bastardos Inglórios, em performances de trololó?

Trololó já tradicional ganha versão de Christoph Waltz

Christoph Waltz é um premiado ator austriaco, que ficou conhecido internacionalmente com o filme Bastardos Inglórios. Por esse filme ganhou o oscar, o festival de Cannes e o Golden Globe Award como melhor ator. O filme está em cartaz à dois anos no HSBC Bellas Artes. Dificil imaginar Waltz no papel de Mr. Trololó, mas com certeza deve ter se divertido muito fazendo filme e provocou comentários na internet.


A performance de Christoph Waltz

Waltz em entrevista para Jimmy Kimmel


"http://www.youtube.com/watch?v=4u5WZ_LUE5k&feature=channel

O Cantor Original de trololó



Felix, o autor do blog a cima, esclarece que o verdadeiro cantor de trololó é Eduard Khill, famoso da Rússia em 1960. "Não trata-se de nenhuma 'dublagem engraçada' como muitos pensam, mas sim uma música considerada excêntrica para nós ocidentais, por fazer uso de técnicas de vocalização e nenhuma letra". É uma canção popular da União Soviética composta por Arkady Ostrovisky, mas ficou conhecida internacionalmente na internet com versões engraçadas, como a de Christoph Waltz.

O 'hit' pode ter virado modinha atualmente, mas é muito mais antigo do que se imaginava.

terça-feira, 6 de abril de 2010

MPB - Ito Moreno



Ito Moreno participou hoje do programa Sr. Brasil, de Rolando Boldrin. Tocou os clássicos "Súplica Cearense" e "Pau-de-Arara", e músicas de sua autoria como "Confissão", "Batida" e "Maracatu, Samba e Baião". Essas e mais outras estão disponíveis para baixar e ouvir no site http://www.caroltallarico.com.br/musicas.html.

No programa demostrou um som irreverente que mistura Baião, Samba e Maracatu. A música traz uma sonoridade típica nordestina, lembra muito cordel. Em "Maracatu, Samba e Baião" e "Batida"(veja o vídeo a cima) o artista brinca com seu jeito nordestino e fala de suas próprias influências. Ganhou importantes festivais, como o de Andradas (MG), Festival Viola de Todos os Cantos (MG), Festival de Música de Governador Valadares (MG).

Sou do nordeste, menino!
Cabra da peste, divino!
Quebro e requebro do jeito que dá
Jacksoniando no sincopar do pandeiro,
Num baião bem gonzagueiro
Eu boto o povo prá cantar.


Próximos Shows de Ito Moreno:
09-04: Barnaldo Lucrécia: 21h
12-04: Bar Brahma (centro): 21h
19-04: Bar Brahma (centro): 21h
26-04: Bar Brahma (centro): 21h
Informações pelos links
Veja mais vídeos de Ito Moreno

Entrevista anterior no Sr. Brasil e Música "Maracatu, Samba e Baião".